O Colégio Diocesano Pe. Anchieta surgiu num dos momentos mais importantes na história de Limoeiro: os anos 1940. No início dessa década, grandes transformações sociais e econômicas elevaram o nosso acanhado núcleo urbano a uma posição de destaque no Ceará. A vinda de D. Aureliano, após a instalação da sede do bispado, descortinou as potencialidades locais e abriu perspectivas antes inimagináveis para o nosso desenvolvimento.
O Colégio Diocesano foi um exemplo desse progresso e, ao mesmo tempo, um de seus mais poderosos catalisadores. De suas salas de aula sairia a intelectualidade ? a princípio exclusivamente masculina ? que iria desempenhar as mais relevantes funções na sociedade. A fama de escola de alto nível cruzaria as fronteiras do Estado e atrairia alunos de várias partes do Nordeste.
Fundado em 1942, como resultado do esforço do então Pe. Misael Alves de Sousa, o Colégio Diocesano iniciou suas aulas no dia 29 de março daquele ano. A pedra fundamental havia sido lançada nos começos de 1940, depois que D. Aureliano reunira a elite com o objetivo de arrecadar fundos que custeassem a obra de infraestrutura. A partir desse primeiro encontro, a idéia de um novo centro educacional logo entusiasmou o povo e as ações de quinhentos mil réis foram sendo adquiridas tanto por poderosos quanto por cidadãos de modestos recursos. No final, a vultosa quantia de quatrocentos contos de réis foi arrecadada e as obras deslancharam.
O Diocesano enfrentou muitos altos e baixos nos primeiros tempos. Seu primeiro diretor foi o Pe. Aluísio de Castro Filgueiras, seguido pelo Pe. Heitor de Matos Montenegro, pelo Pe. José Mauro Ramalho Alarcon e Santiago, que foi sucedido durante breve tempo pelo Pe. Francisco Cabral de Amorim. A maior dificuldade encontrada por esses gestores era justamente a formação de um bom corpo docente, pois, embora a cidade tivesse gente formada, de grande nível, essas pessoas não possuíam a documentação exigida pelo MEC para lecionarem.
Em 1952, o Pe. Francisco de Assis Pitombeira assume a direção do Colégio Diocesano. Com apenas vinte e quatro anos, recém-saído do seminário, começava ali uma história de liderança que se estenderia pelos sessenta anos seguintes, ou seja, até o presente momento. Poucos gestores, no mundo, ficaram por tantos anos, sem interrupção, à frente de uma mesma instituição.
Ao longo de seu caminho como diretor, o Pe. Pitombeira guiou o Colégio Diocesano por suas maiores conquistas. O Colégio se tornou conhecido em todo o Estado e, à medida que seus alunos galgavam os mais altos degraus da vida profissional pelo Brasil, essa fama se alargou por outros rincões do país.
Às vésperas de completar setenta anos, comemoram-se também os sessenta anos de direção do Pe. Pitombeira. O Colégio chega a esse aniversário revitalizado, atualizado, sendo ainda um campeão em aprovações em vestibulares e, também, um nicho de formação de seres humanos dignos, éticos e comprometidos com os destinos do Brasil.
Fotos Históricas
Vejam que fotografia maravilhosa tirada nos primeiros tempos do nosso colégio.
Aqui, uma vista aérea tirada de um ponto próximo ao local onde hoje se encontra o Prédio Moura. Nela temos uma boa visão da Avenida D. Aureliano, da Vila Eckner e Colégio Diocesano mais ao fundo.
Entrada do Colégio
Olimpíadas Jaguaribanas de 1967
As Olimpíadas Jaguaribanas marcaram a história do esporte no Vale do Jaguaribe. O Colégio Diocesano Pe. Anchieta foi peça-chava no surgimento dessa competição e, em sua antiga quadra (ainda hoje em uso), realizaram-se os primeiros jogos. Na foto, tirada durante as disputas de 1967, em Morada Nova, vemos, da esquerda para direita: Profa. Iolanda Freitas de Castro, Profa. Luzanira Holanda de Castro, Pe. Francisco de Assis Pitombeira e Dr. Praxedes. As duas últimas pessoas não foram identificadas.
Foto espetacular, em que aparecem o bispo D. Pompeu, o Padre e o cônego Misael Alves de Sousa. O evento foi a comomoração dos 25 anos de sacerdócio do Padre Pitombeira.
Nesta, vemos outra tomada do mesmo evento em que aparecem diversos alunos.
Apresentação de teatro no Colégio.
Fotografia tirada no cinquentenário do Colégio Diocesano, quando se reuniu a turma a que pertenceu o deputado federal Ariosto Holanda.